terça-feira, 26 de janeiro de 2010

É o poder,Dodô é o poder...

Primeiro clássico do Campeonato Carioca de 2010, com direito à inauguração da estátua de Garrincha, estréia da quarta camisa do Botafogo e da nova sensação do clube, El Loco Abreu. Motivos não faltavam para botafoguenses e até mesmo vascaínos se despencarem para o Engenhão em um dia chuvoso. Digo “despencarem” porque, infelizmente, o acesso ao estádio, construído para o Pan de 2007, não é dos melhores. Mas isso não vem ao caso agora.

A goleada do Vasco de 6 a 0 sobre o Botafogo,no clássico de ontem, surpreendeu até mesmo os vascaínos mais otimistas. Muito se ouviu falar, nessas últimas semanas, dos elencos de Fluminense e Flamengo, que mantiveram a base de 2009, e até mesmo do Botafogo, que fez boas contratações como as de Herrera e Loco Abreu. Ninguém quis se arriscar muito ao falar do Vasco, o que é até compreensível já que o elenco passou por várias mudanças e apresentava algumas incógnitas. A maior delas era Dodô, que ficou suspenso por um ano e três meses pelo uso da substância femproporex, e que devido a essa paralisação e a idade avançada não inspirava muita confiança acerca do que poderia apresentar em sua volta. Porém, ontem ele provou que nem a idade, tampouco esse tempo afastado dos gramados foram prejudiciais ao seu bom futebol. O “artilheiro dos gols bonitos” marcou três e ainda deu assistência para o primeiro gol do garoto Philippe Coutinho no futebol profissional.
Devido ao brilhantismo de Dodô no clássico, pouco se falou da atuação do menino de 17anos, que já tem como certa a sua ida para a Inter de Milão no meio do ano. Durante o jogo, refleti muito sobre isso. É revoltante pensar que um jogador, com um futuro brilhante como o de Coutinho, tenha sido vendido por apenas 3 milhões de Euros. Acredito realmente que ele terá uma carreira promissora, afinal ele é um jogador inteligente, com boa visão de jogo, e principalmente, é objetivo, característica essa, difícil de se encontrar nessa nova geração inspirada nas firulas típicas de propagandas da Nike. Não quero deixar de exaltar, também, outras apresentações como as do Souza, Magno e até mesmo do Herrera, que nada pôde fazer sozinho.


Acompanhando as reportagens sobre o clássico, percebi que muita atenção foi dada à derrota do Botafogo e pouca à vitória do Vasco. É claro que a apresentação botafoguense foi pífia, mas não se pode tirar o mérito da equipe cruzmaltina, que se posicionou bem, trocou passes rapidamente e que mesmo com o placar elástico, não se recuou. É óbvio também, que nem todas as partidas serão assim, portanto essa empolgação deve ficar apenas entre os torcedores. Mas com certeza esse placar vai ser muito positivo para a confiança e motivação do grupo, que ocupava a posição do “patinho feio” dos grandes clubes cariocas. Abram os olhos queridinhos! (Realmente, essa coisa de imparcialidade não é comigo! Hahahahah).




Uma goleada dessas, principalmente em um clássico estadual, não passa am branco. A conseqüência disso não poderia ser outra a não ser a demissão do técnico Estevam Soares. Hoje em dia, uma diretoria tem que ter muito pulso para contrariar a opinião quase unânime de uma torcida e bancar o trabalho de um treinador, em um caso como esse. Não vejo muitas opções disponíveis no mercado, então acredito que o cargo possa sobrar para Joel Santana, que se reunirá com os dirigentes botafoguenses nessa terça feira.

Fugindo um pouco do assunto, gostaria de desejar aqui toda a minha força ao Cabañas que, infelizmente, foi baleado em um bar, na Cidade do México, nessa última madrugada. E não pensem que digo isso apenas por ele ter sido um algoz dos flamenguistas não. Ele é um jogador de 29 anos e que ainda tem muito para viver.

2 comentários:

  1. 6 foi lucro pro Botafogo, já q eles tão acostumados a levar de 7...

    Ficou ótimo, Nessa!!! Te amooo mto

    Força Cabañas!!!

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  2. Um pai conduzia a filha num carro, em BH. Ele falava,falava,falava; a filha, pré adolescente,ouvia,ouvia, ouvia. A partir de um certo momento, a filha falou. O pai, extremamente surpreendido, ouviu aquelas palavras realísticas, às vezes duras, mas dotadas de uma sabedoria incomum. O pai percebeu a profunda interação entra ambos; percebeu também como a filha tinha uma visão quase perfeita da personalidade dele. Esses sentimentos fortes e inesquecíveis, eu os guardo no coração; foi uma dessas situações em que percebi quão maravilhosa, perspicaz e franca você é. Além de tudo,você tem uma maneira especial de ser amorosa, mas com um caráter implacável. Vanessa, você é o amor da minha vida. Sua felicidade será a minha felicidade; a sua eventual dor será a minha dor também. Te amo. Seu pai Luiz Carlos.

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